Chave aleatória é mais recomendada para PIX – CPF, email e celular, só para conhecidos

A chave aleatória não era muito conhecida nem divulgada quando começou o cadastro de PIX, no final de 2020. A partir de alertas de especialistas e mudanças em dispositivos de bancos, a solução passou a ser mais considerada pelos usuários. No prazo de três meses após o lançamento do serviço, as combinações aleatórias já representavam o segundo lugar no modelo mais usado de chaves, atrás apenas do CPF e mais escolhidas que número de celular e e-mail. 

Leia mais: cuidados para não cair em golpes com PIX

Mas, mesmo mais de meio ano depois do início do PIX, a chave aleatória ainda causa estranhamento. Muitas pessoas não perceberam que estão entregando um conjunto de dados valiosos quando usam CPF, e-mail e número de celular como chaves. Essas informações, combinadas com o nome da pessoa e o banco a que está vinculada podem ser usadas por alguém mal-intencionado, num processo de engenharia social para golpes. Veja aqui alguns dos métodos usados. 

Também os aplicativos bancários reagiram de forma diferente. Alguns bancos usam chaves aleatórias fixas, ou seja, a combinação de letras e números é a mesma em todas as transações e outros geram conjuntos de códigos que mudam a cada transferência. O Banco Inter, por exemplo, incentiva a adesão à chave aleatória, colocando-a como uma das primeiras alternativas. Já o Bradesco disponibiliza a opção no aplicativo para smartphone.

Para prestadores de serviço, o uso do número do celular como chave PIX não deve ser um complicador, tendo em vista que já é a forma mais usual de contato (ou seja, o pagador já tem essa informação). Se você usa uma conta comercial no WhatsApp para vender produtos e serviços ou se tem a vida pessoal e profissional separadas em aparelhos e contas diferentes, aí pode usar o número de celular como chave no PIX. 

Outro motivo para ter chave aleatória é a portabilidade – sim, você pode transferir uma chave de um banco para outro, mas não pode ter a mesma chave em dois ou mais bancos. Ou seja, se tem algum número que usa frequentemente para passar a clientes, por exemplo, como o CNPJ, o banco vai tentar, de diversas formas, que você mantenha essa chave cadastrada. É possível fazer a exclusão, mas em alguns aplicativos o processo é complicado e ainda não está confirmado se a mesma chave conseguirá ser cadastrada em outra instituição.