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Apagões recentes em plataformas digitais ressaltam a dependência de mídias sociais por parte de usuários e empresas. Essas falhas estimulam ainda mais o debate sobre o nível da segurança com relação a dados inseridos nessas plataformas.

Apagão de plataformas: como proteger dados em caso de apagão

Casos de apagão em plataformas revelam a dependência das mídias sociais e a possibilidade de exposição de dados 

Apagões recentes em plataformas digitais ressaltam a dependência de mídias sociais por parte de usuários e empresas. Essas falhas estimulam ainda mais o debate sobre o nível da segurança com relação a dados inseridos nessas plataformas.

Em junho deste ano, o Fastly, plataforma que hospeda importantes veículos de comunicação e oferece serviços de computação em nuvem, ficou fora do ar e afetou o acesso aos jornais The New York Times, Le Monde, The Guardian, Financial Times e CNN. O site do governo britânico e serviços como o Reddit, o Spotify, Twitch e o site da Amazon também foram comprometidos pelo apagão do servidor.

Já em julho, falhas em um outro servidor, o do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), impediram o acesso ao sistema das plataformas Lattes, que reúne currículos de pesquisadores e diretórios de grupos de pesquisa. O apagão dificultou processos essenciais para a documentação e pagamento de bolsas para pesquisadores em todo o país. O problema foi detectado somente quatro dias depois e os documentos, recuperados por backup após duas semanas.  

Um dos apagões que mais afetou a população global neste ano foi o do grupo Meta. As plataformas da rede ficaram mais de seis horas fora do ar em outubro. Os servidores do grupo apresentaram instabilidades em suas principais redes sociais: WhatsApp, Instagram e o próprio Facebook. Mais de 3,5 bilhões de pessoas foram impedidas de utilizar os aplicativos. Na ocasião, as ações do Facebook caíram quase 5% na bolsa eletrônica de Nova York, a Nasdaq.  De acordo com o CEO do grupo, Mark Zuckerberg, o motivo do colapso teria sido uma falha na alteração de configurações da plataforma. 

O apagão do Facebook fortalece um conhecido debate sobre a dependência generalizada de mídias sociais. Diversos serviços estão conectados com redes como o Facebook e dependem dessa comunicação para realizar vendas e atender clientes, especialmente as empresas de pequeno e médio porte.

De acordo com o portal The Drum, aproximadamente 80% da receita do Facebook e de suas redes vêm de pequenas e médias empresas. Segundo o site de checagem de fatos Snopes, a falha interna custou ao menos R$79 milhões em receita de anúncios na plataforma. 

Como proteger dados em um apagão

Se por um lado há debate, por outro há também lições importantes sobre a segurança de dados pessoais. Uma delas é se preocupar em ter alternativas que substituam ferramentas digitais caso elas apresentem algum problema.

São crescentes os incidentes com vazamento de dados de usuários em larga escala. Uma pesquisa recente do Massachusetts Institute of Technology (MIT) revelou que os vazamentos de dados aumentaram 493% no Brasil entre 2018 e 2019. Mais de 200 milhões de dados de brasileiros foram vazados de forma criminosa. Compõe esse número o megavazamento de dados recentemente informado pela empresa de segurança cibernética PSafe. 

Os números são alarmantes e demonstram que é urgente aumentar a proteção da infraestrutura de redes utilizadas no mundo todo. Enquanto isso, para proteger seus dados e garantir que eles estejam a salvo em meio a um apagão, verifique as empresas onde você está cadastrado. E nunca é demais investir em um backup, seja em nuvem, HD externo ou pen drive, para salvar arquivos e informações mais importantes.

Acesse nossa seção de dicas e conheça outras formas de proteger seus dados.

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