A privacidade como utopia em Anon
Para atingir um índice de criminalidade próximo do zero, a privacidade acabou se tornando uma utopia para a sociedade no filme Anon
O filme Anon foi lançado em 2018 na Netflix, desde então, vem recebendo muitas críticas por seu roteiro. A narrativa acontece quando Sal, um detetive de primeira classe, é designado a assumir casos estranhos de assassinatos. As mortes têm o ponto de vista das vítimas alterados, o que acaba deixando o Governo e o detetive confusos. Quando uma mulher sem identidade, “fantasma” para o sistema, aparece nos registros de Sal, a falha no regime começa a ser revelada.
Privacidade e o controle da humanidade
Anon se passa em uma realidade futurística, em que os seres humanos são controlados por um grande servidor chamado “O Éter”, que seria como a nossa Nuvem. Por meio de um tipo de implante nos olhos, esse servidor consegue gravar todas as atividades que as pessoas fazem no seu dia a dia, e esses arquivos podem ser rastreados por qualquer pessoa, por consequência, a privacidade praticamente se extinguiu e se tornou uma utopia.
Até então, somente a polícia poderia ter o livre acesso a lembranças de qualquer pessoa, mas foi descoberto que uma rede de hackers poderosos conseguiram quebrar os códigos de segurança e as armadilhas do sistema, e passaram a manipular os dados de milhares de pessoas, inclusive os do detetive Sal. As invasões ao sistema começaram a aumentar, assim como o número de mortes.
Os hackers, entravam nos registros das pessoas para apagar ou modificar memórias. Também conseguiam manipular o que a pessoa estava olhando, deixando-a sem saber se era realidade ou não.
O filme lembra muito o episódio de Black Mirror Toda Sua História, pois a história acontece em torno desse sistema que controla nossas memórias. Em Anon, podemos ter uma ideia de como o governo utilizaria esse sistema para ter o controle da sociedade, caso acontecesse na nossa realidade.